Principais dados estatísticos dos serviços de águas e resíduos
Portugal é um país que pode genericamente dizer que dispõe já de serviços de abastecimento público de água às populações, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos sólidos urbanos com qualidade aceitável. Se isto em termos médios é verdade, há ainda muitas situações a melhorar. Por essa razão o País deve continuar a fazer uma clara aposta estratégica no sector. Essa aposta deve ter como objectivo servir, de forma regular e contínua, a maior percentagem possível da população, com um elevado nível de serviço, a um preço eficiente e justo e dentro de uma perspectiva ambientalmente sustentável. Trata-se portanto de um sector em que muito se fez, especialmente nas últimas décadas, mas em que há ainda muito que fazer.
Para ilustrar o que é referido, na última década o país evoluiu em termos de cobertura da população de cerca de 80 para cerca de 92% em abastecimento público (sendo a meta de 95% em 2006), de cerca de 62 para cerca de 71% em saneamento de águas residuais urbanas (sendo a meta de 90% em 2006) e de cerca de 50 para cerca de 100% em gestão de resíduos sólidos urbanos (tendo sido a meta de 100% em 2001).
Também em termos da qualidade da água para consumo humano a situação evoluiu muito positivamente. Passou de 50,3 para 82,7% em termos de monitorização, ou seja, de análises realizadas face à legislação, sendo as principais análises em falta os parâmetros orgânicos e os metais. Passou de 95,8 para 97,9% em termos de cumprimentos dos valores máximos admissíveis, sendo os principais parâmetros em incumprimento os microbiológicos, o ferro e o manganês.
> In www.irar.pt