A energia das ondas
Cada vez mais somos confrontados com a exigência de encontrar nas energias renováveis, uma alternativa real e fiável às formas convencionais de produção de energia eléctrica, responsáveis por sérias ameaças ao meio ambiente. As obrigações legais impostas pelas directivas comunitárias e pelo protocolo de Quioto, apenas reforçam esta necessidade.
O oceano contém enormes recursos energéticos, mas por se tratar de um meio extremamente adverso, em que se enfrenta a força das ondas e a corrosão da água salgada, torna-se numa das fontes de energias renováveis mais difícil de desenvolver.
A energia das ondas é definida pela energia total contida em cada onda e é a soma da energia potencial do fluído deslocado, a partir do nível médio da água, entre a cava e a crista da onda incluindo a energia cinética das partículas da água em movimento. Esta energia, resulta da força do vento exercida na superfície dos Oceanos.
Portugal foi um dos países pioneiros na investigação e desenvolvimento dos dispositivos de conversão da energia das ondas, pois desde 1977 que um grupo do Instituto Superior Técnico, se dedica a este tópico, grupo ao qual se juntou em 1983 um outro, do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI). Segundo os investigadores nacionais, Portugal oferece as melhores condições para o aproveitamento da energia das ondas...a nossa costa é longa...a população encontra-se maioritariamente junto ao litoral, onde existem infra-estruturas de apoio portuárias, navais e também de transporte de energia eléctrica.
Artigo retirado do site http://2010.flmid.com