Força de atracção mútua que surge entre dois corpos em virtude das suas massas. Na Terra, a gravidade é a força de atracção entre qualquer objecto no campo gravitacional terrestre e a própria Terra. É encarada como uma das quatro forças fundamentais da natureza, sendo as outras três a força electromagnética, a força nuclear forte e a força nuclear fraca. A força gravitacional é a mais fraca de todas as quatro forças, mas actua a grandes distâncias. A partícula que está postulada como a que transporta a força gravitacional é o gravitão.Uma das primeiras experiências gravitacionais foi levada a cabo por Nevil Maskelyne, em 1774, e envolvia a medida da atracção do Monte Schiehallion (Escócia) sobre um peso de chumbo.
Uma experiência para determinar a força de atracção entre duas massas artificiais foi planeada, em primeiro lugar, em meados do século XVIII, pelo Reverendo J. Mitchell, que não viveu o suficiente para trabalhar com o aparelho que tinha concebido e completado. Depois da morte de Mitchell, o aparelho chegou às mãos de Henry Cavendish, que o reconstruiu em grande parte, mantendo, no entanto, o plano original de Mitchell. As massas a atrair consistiam em duas bolas pequenas ligadas por uma vareta rígida de madeira, suspensa pelo seu ponto médio por um fio longo e fino. Toda esta parte do aparelho estava contida numa caixa, cuidadosamente folheada com estanho para assegurar, tanto quanto possível, uma temperatura uniforme no seu interior. Uma distribuição irregular da temperatura teria resultado em correntes de convecção do ar que provocariam um sério efeito perturbador no sistema suspenso. Na vareta estava preso um pequeno espelho com a sua superfície na vertical. Na caixa, uma pequena janela envidraçada permitia que qualquer movimento do espelho fosse observado pelos consequentes desvios dos raios de luz nele reflectidos. As massas em atracção consistiam em duas esferas de chumbo, maciças e exactamente idênticas. Utilizando este aparelho, Cavendish, em 1797, obteve para a constante gravitacional G o valor 6,6 × 10-11 N m2kg-2. O aparelho foi aperfeiçoado por Charles Vernon Boys que obteve um valor mais preciso: 6,6576 × 10-11 N m2kg-2. Em geral, o valor utilizado actualmente é 6,6720 × 10-11 N m2kg-2.
De acordo com a lei da gravitação de Newton, todos os objectos na Terra caem com a mesma aceleração, independentemente da sua massa. Para um objecto de massa m1 a uma distância r do centro da Terra (massa m2), a força de atracção gravitacional F é igual a Gm1m2r2, em que G é a constante gravitacional. No entanto, de acordo com a segunda lei de Newton do movimento, F também é igual a m1g, em que g é a aceleração devida à gravidade; assim: g = Gm2r2 e é independente da massa do objecto; à superfície terrestre é igual a 9,806 metros por segundo quadrado.
A teoria da relatividade geral de Einstein trata a gravitação não como uma força mas como uma curvatura do espaço-tempo que rodeia um corpo. A relatividade prevê o desvio da luz e o deslocamento para o vermelho da luz num campo gravitacional; ambos os fenómenos têm sido observados. Uma outra previsão da relatividade são as ondas gravitacionais, que deveriam ser produzidas quando corpos maciços são violentamente perturbados. Estas ondas são tão fracas que ainda não foram detectadas com certeza suficiente, apesar de as observações de um pulsar (que emite energia a intervalos regulares), em órbita em torno de outra estrela, tenham demonstrado que as estrelas, através do movimento em espiral, em conjunto e dentro do ritmo esperado, perdem energia sob a forma de ondas gravitacionais.
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