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O CURIOSO

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28
Jan06

Quercus defende reutilização das águas

nelsonfq

Uma das tecnologias que ainda não viram a luz do dia em Portugal é a reutilização da água, que tanto pode fazer-se dentro de uma habitação como com as águas residuais das estações de tratamento. O Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Península de Setúbal (Simarsul), por exemplo, está a estudar um sistema de reutilização dos efluentes, que poderão ser aproveitados para rega na agricultura ou até mesmo para combater os fogos florestais, um dos usos de água que mais tem aumentado nos últimos anos, face ao elevado número de incêndios.

A Quercus propôs a adopção de um sistema de reutilização das águas nas casas portuguesas, citando o exemplo da Mata de Sesimbra, onde está prevista a implementação de um mecanismo com esse objectivo, e do Parque Oriente, em Lisboa. A ideia é fazer regressar ao circuito doméstico as águas usadas, em vez de descarregar o autoclismo com água potável acabada de sair da rede pública.

A associação ambientalista frisa que estas tecnologias têm sido aplicadas noutros países, como a Dinamarca, e propõe que a partir de 2006 se torne obrigatória a reutilização de água nos novos edifícios. “Tal passa por introduzir as mais adequadas tecnologias disponíveis na área da reciclagem de águas cinzentas e de águas da chuva. O objectivo é poupar cerca de 65% da água”, frisa um comunicado da Quercus, divulgado a 19 de Julho, em plena seca.

Segundo explica o comunicado, a poupança de água é conseguida através de redutores de fluxo nas torneiras adequadas (lava loiça, lavatório, duche, bidet), com uma capacidade de reduzir o volume de água potável consumida em cada uma das torneiras em que são aplicados em aproximadamente 50%, sem reduzir o conforto resultante para o utilizador final; por outro lado, há a reciclagem das denominadas águas cinzentas (provenientes das máquinas de lavar, dos lava loiças, lavatórios, bidets, duches) e das águas pluviais, para serem utilizadas nas descargas das sanitas, nas máquinas de lavar roupa e loiça, na rega dos espaços verdes e na lavagem dos automóveis e dos espaços exteriores.

Podem ainda escolher-se os electrodomésticos que usem água com a mais elevada classe de eficiência, reduzindo assim também o consumo de água e electricidade. O volume de efluentes canalizados para as estações de tratamento passa também a ser menor.


 


> In QUERCUS Ambiente n.º 16 (Outubro 2005), "O milagre da multiplicação da água?"


   http://www.quercusambiente.org/pages/defaultArticleViewOne.asp?storyID=1044

28
Jan06

Centrais de dessalinização - Central de Porto Santo é pioneira em Portugal

nelsonfq

A destilação e a osmose inversa são os dois processos usados para tornar potável a água do mar, por dessalinização. Esta última tecnologia é mais recente. O grande problema das centrais dessalinizadoras é a sua rentabilidade, uma vez que se gasta muita energia para obter água, que por isso atinge custos não comparáveis com os das captações subterrâneas ou albufeiras.

É uma tecnologia que funciona essencialmente onde não existem alternativas de abastecimento para as populações, o que acontece em certas regiões de Espanha, em África e no Médio Oriente, por exemplo. Espanha tem já uma centena de centrais para abastecimento urbano, e pretende duplicar a sua capacidade dentro dos próximos anos.


Face ao problema dos custos, têm vindo a ser estudadas alternativas, como o uso de energia eólica ou solar. A empresa Ao Sol está a desenvolver, em parceria com o Departamento de Energias Renováveis do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), um sistema de dessalinização alimentado a energia solar.

Na ilha de Porto Santo, na Madeira, funciona uma das três primeiras centrais de dessalinização do Mundo que adoptaram a tecnologia da osmose inversa, um processo de purificação da água através de uma membrana (as outras surgiram nos Estados Unidos e na Arábia Saudita). Propriedade do Governo Regional da Madeira e gerida pela IGA - Investimentos e Gestão da Água, SA, a Central Dessalinizadora do Porto Santo começou a funcionar em 1979.

> In QUERCUS Ambiente n.º 16 (Outubro 2005), "O milagre da multiplicação da água?"

   http://www.quercusambiente.org/pages/defaultArticleViewOne.asp?storyID=1044 

24
Jan06

Um ano depois...

nelsonfq

Tudo começou no dia 19 de Janeiro de 2005!
Um ano depois, O CURIOSO já conta com 150 artigos e cerca de 2 a 3 visitas por dia. Obrigado a todos os curiosos! 

24
Jan06

Principais dados estatísticos dos serviços de águas e resíduos

nelsonfq

Portugal é um país que pode genericamente dizer que dispõe já de serviços de abastecimento público de água às populações, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos sólidos urbanos com qualidade aceitável. Se isto em termos médios é verdade, há ainda muitas situações a melhorar. Por essa razão o País deve continuar a fazer uma clara aposta estratégica no sector. Essa aposta deve ter como objectivo servir, de forma regular e contínua, a maior percentagem possível da população, com um elevado nível de serviço, a um preço eficiente e justo e dentro de uma perspectiva ambientalmente sustentável. Trata-se portanto de um sector em que muito se fez, especialmente nas últimas décadas, mas em que há ainda muito que fazer.

 

Para ilustrar o que é referido, na última década o país evoluiu em termos de cobertura da população de cerca de 80 para cerca de 92% em abastecimento público (sendo a meta de 95% em 2006), de cerca de 62 para cerca de 71% em saneamento de águas residuais urbanas (sendo a meta de 90% em 2006) e de cerca de 50 para cerca de 100% em gestão de resíduos sólidos urbanos (tendo sido a meta de 100% em 2001).

 

Também em termos da qualidade da água para consumo humano a situação evoluiu muito positivamente. Passou de 50,3 para 82,7% em termos de monitorização, ou seja, de análises realizadas face à legislação, sendo as principais análises em falta os parâmetros orgânicos e os metais. Passou de 95,8 para 97,9% em termos de cumprimentos dos valores máximos admissíveis, sendo os principais parâmetros em incumprimento os microbiológicos, o ferro e o manganês.

 

> In www.irar.pt

16
Jan06

Eco-eficiência

nelsonfq
Eco-eficiência significa criar bens e serviços com menor uso de recursos, desperdícios e poluição. 

Para se atingir a eco-eficiência deve-se:


1) Reduzir o consumo de recursos, minimizando o uso de energia, materiais, água e terra, promovendo a reciclagem, a durabilidade dos produtos e a sua reutilização;


2) Reduzir os impactes ambientais, minimizando emissões gasosas, descargas de efluentes líquidos, deposição de resíduos e a dispersão de substâncias tóxicas e promovendo o uso sustentável dos recursos renováveis.

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